
No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia. A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.
A atividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando para muitas a falta de uso rotineiro de anticoncepcionais. A grande maioria delas também não assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual ativa. Assim sendo, além da falta ou má utilização de meios anticoncepcionais, a gravidez e o risco de engravidar na adolescente podem estar associados a uma menor auto-estima, à um funcionamento familiar inadequado, à grande permissividade falsamente apregoada como desejável à uma família moderna ou à baixa qualidade de seu tempo livre. De qualquer forma, o que parece ser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso à informação sexual não tem garantido maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem contra a gravidez nas adolescentes.
Números interessantes da Gravidez na Adolescência | |
Porcentagem de grávidas entre 16 e 17 anos | 84% |
Primigestas (primeira gestação) | 75% |
Freqüentaram o pré-natal | 95% |
Tiveram parto normal | 68% |
Menarca (1a. menstruação) entre os 11 e 12 anos | 52% |
Não utilizavam nenhum método contraceptivo | 56% |
Usavam camisinha às vezes | 28% |
Utilizavam a pílula | 16%
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A primeira relação sexual ocorreu: | |
até os 13 anos | 10% |
entre 14 e 16 anos | 27% |
entre 17 e 18 anos | 18% |
entre 19 e 25 anos | 17% |
depois dos 25 anos | 2% |
Depoimentos de pessoas que passaram pela experiência:

